Sala da Comendadora

Maria Eva Martins Lage de Matos Nunes Corrêa nasceu a 4 de setembro de 1918, na freguesia de Silveiros, em Barcelos. Viveu naquela terra até aos cinco anos e, em agosto de 1923, partiu com sua mãe, para Lisboa, onde prosseguiu os seus estudos.

No ano de 1939 conhece Manuel Nunes Corrêa, na praia da Conceição, em Cascais. Este era filho de um empresário de Pedrógão Grande – gestor da cadeia de supermercados “Vale do Rio”. Soube aumentar o seu património de forma substancial, assumindo vários cargos ao longo da vida e investindo o seu dinheiro em negócios importantes. A sua imensa fortuna era constituída por um vastíssimo património, que, por opção, desde cedo, decidiu partilhar com os mais necessitados.

Da memória das suas viagens pelo mundo e do seu cuidado em registar as particularidades de cada país, ficaram algumas peças que hoje constam na “Sala da Comendadora”, no Lar Rainha D. Leonor. Este espaço reproduz, segundo a vontade expressa da Comendadora Eva Corrêa, a sala do seu apartamento de Lisboa e foi decorado ainda pela própria, pouco tempo antes do seu desaparecimento. Nesta sala podemos vivenciar a atmosfera da época e experiências dos Comendadores, nomeadamente a sua atividade filantrópica através das inúmeras homenagens que receberam, pela sua generosidade com as mais diversas instituições, memórias fotográficas das suas viagens, num encontro entre o público e o privado.

O seu reconhecimento público deu-se a 12 de julho de 1984, dia em que lhes foram impostas as insígnias da Comenda da Ordem de Benemerência, pela então Secretária de Estado da Segurança Social, Leonor Beleza, no Salão Nobre de Pedrógão Grande. As homenagens aos Comendadores foram muitas, como podemos apreciar no móvel disposto à entrada da sala, do lado direito.

A história conjunta de Eva e Manuel durou 56 anos. Já depois da perda do marido, a barcelense continuou o seu legado e prosseguiu a obra de benevolência. Escolheu, inclusivamente, a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, para levar a cabo o Centro Social, em Silveiros, ao qual dá nome. Deste modo, doou o seu apartamento em Lisboa, de grande valor patrimonial, que permitiu financiar grande parte do centro dedicado a crianças e pessoas idosas. Acompanhou de perto as obras, contudo, após uma queda, a saúde de Maria Eva Nunes Corrêa foi-se deteriorando e sucumbiu aos 85 anos, a 13 de outubro de 2003, não chegando a ver a obra concluída, mas deixando viva a sua memória na comunidade que continua a usufruir da sua dádiva.


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