TRADIÇÃO DO MAIO
Na viragem de abril para maio, manda a tradição colocar ramos ou coroas de flores e giestas nas portas ou janelas de casa. Há quem diga que é para celebrar a primavera, há quem defenda que é para afastar o mal em geral. No Lar de Santo André (LSA), com a preciosa colaboração dos utentes, cumpriu-se a tradição!
Maios_ LSA_ 01
FESTA DAS CRUZES
Este ano, como habitual, voltamos a viver o espírito da Festa das Cruzes com grande entusiasmo e contentamento. Além de a instituição ter marcado presença na Grandiosa Procissão da Invenção da Santa Cruz, os nossos utentes – do LSA e do LCSCMENC (Silveiros) – também visitaram e apreciaram os tapetes de pétalas naturais, no templo do Senhor Bom Jesus da Cruz.
Cruzes 2025_ LCSCMENC_ 01
Já as crianças do Infantário Rainha Santa Isabel aproveitaram para desfrutar dos carrosséis e divertimentos.
Cruzes 2025_ IRSI_ 01
MAIO, MÊS DE MARIA
Maio, mês dedicado a Maria, foi vivido, como habitualmente, com devoção e Fé, pelos utentes que vivem nas estruturas residenciais para pessoas idosas e na UCCI de Santo António, desde logo, com a oração do terço.
Também a 13 de maio, dia em que se assinala a primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, prestamos homenagem a Maria, Mãe de Misericórdia.
13 de maio _ LM_LRDL_ 01
CELEBRAR A VIDA E OUTRAS EFEMÉRIDES
Foi com grande felicidade que, no princípio do mês de maio, comemorámos os 101 anos de Maria José Carrondo, que reside no Lar de Santo André. Também nessa bonita festa, tivemos oportunidade de a felicitar pela longevidade e desejar-lhe muita saúde e dias felizes!
101 anos_ Maria José Carrondo_ 01
Ainda em momentos de celebração, comemorou-se a festa de aniversário das nossas estruturas residenciais (ligação a ) e a festa da família. Aqui partilhamos alguns dos preparativos para as festividades, no LSA e no Lar Nossa Senhora da Misericórdia (LNSM).
Aniversário LNSM_ Preparativos_ 01
Além disso, na Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) de Santo António foram assinaladas duas importantes efemérides: a 5 de maio, o Dia Mundial da Higiene das Mãos – sob o mote “Luvas, às vezes. Higiene das Mãos, sempre” –, sensibilizando para a relevância da lavagem das mãos como uma importante medida de prevenção da transmissão de infeções; e, a 12, o Dia do Enfermeiro, como forma de destacar e reconhecer o seu trabalho na prestação de cuidados às pessoas doentes.
Dia do Enfermeiro_ UCCI_ 01
VISITAS E ATIVIDADES DE VOLUNTARIADO
Maio foi, ainda, mês de conviver e partilhar afetos com quem nos visitou. No LNSM, a propósito da celebração dos 35 anos deste lar, realizou-se uma atividade com escuteiros do agrupamento n.º 1005, de Crespos (Braga); no LM/LRDL, uma atividade com a catequese de Alvelos; e, no LSA, uma dinâmica promovida por uma voluntária.
35 Anos LNSM_ Atividade com escuteiros de Crespos (Braga) - 1005_01
SCM Barcelos, 17-06-2025
As crianças que frequentam as unidades de Educação na Infância da Misericórdia de Barcelos conheceram, no último mês, “O Elefante Zacarias”. Nesta história, encenada pela Companhia de Teatro da Associação de Pais e Amigos Centrada na Inclusão (APACI), as crianças foram convidadas a viajar pelo mundo do Zacarias, um elefante cego que se faz amigo de Aninhas. Foi, então, Aninhas, uma ratinha branca, que lhe deu – e ao público também – a conhecer a beleza de um mundo de cores e sentidos que, devido à sua limitação visual, Zacarias ainda não conhecia. Mais do que uma aventura de estimulação sensorial, “O Elefante Zacarias” é também um estímulo à aceitação e inclusão da diferença e ao respeito pela individualidade e pela diversidade. Uma mensagem valiosa e inspiradora que marcou, seguramente, as nossas crianças. Centro Social Comendadora Maria Eva Nunes Corrêa [ALBUM:1210] Creche “As Formiguinhas” [ALBUM:1207] Infantário Rainha Santa Isabel [ALBUM:1211] Centro Infantil de Barcelos [ALBUM:1208]
Ver MaisSendo o Dia Internacional dos Arquivos comemorado anualmente a 9 de junho, o Arquivo Leonor aproveita esta data para mostrar um pouco dos documentos da sua História no mundo, acompanhando a leitura com alguns excertos dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões. Este dia foi instituído pelo Conselho Internacional de Arquivos (CIA) em 2007 para promover a importância dos arquivos e o seu papel fundamental na sociedade. Figura 1. 1578-05-30 - [Carta do Duque de Bragança, D. João I, à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre esmola ao povo de Barcelos, devido a ataques de piratas e corsários] Corria o ano de 1578, o Reino de Portugal estava prestes a viver uma das suas maiores tragédias, a batalha de Alcácer-Quibir que ocorrerá a 5 de agosto desse ano levando consigo o rei D. Sebastião e elevando ao trono o Cardeal D. Henrique. João I, Duque de Bragança, tendo notícia pelo Provedor António Mariz e mais irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, decide conceder esmola de 5 mil cruzados para o povo de Barcelos, em virtude dos ataques devastadores de corsários e piratas. Levaram tudo o que viram pela frente, deixando as gentes da vila à mingua e à mercê da caridade da Santa Casa… Eis a reposta do Duque: Provedor e irmãos da Misericórdia da vila de Barcelos, eu o Duque etc. nos envio muito saudar. Vi vossa carta e quem me dais conta das necessidades dessa terra. E por eu ser informado delas e desejar de lhe dar algum remedio mandei lá como tendes nisto todo o pão com que me achei aventurando-o ao tomarem os ladrões e corsários a que lá saía posto; e não a como valia na terra deixei de interessar mais de cinco mil cruzados, por fazer esmola a esse povo. E aqui vai agora provisão minha para António de Andrade meu almoxarife vos dar de 3 mil réis para ajuda de suprirdes as necessidades e obrigação dessa casa. António de Abreu a fez em Celorico 30 de maio de 1578. HO DUQUE É certo que há muito andavam os barcelenses pelo mundo a aqui entra Luís Vaz de Camões: «E, por mandado seu, buscando andamos A terra Oriental que o Indo rega; Por ele o mar remoto navegamos, Que só dos feios focas se navega. Mas já razão parece que saibamos (Se entre vós a verdade não se nega), Quem sois, que terra é esta que habitais, Ou se tendes da Índia alguns sinais?» Figura 2. 1646-01-17 - [Carta da Santa Casa da Misericórdia de Goa à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre procurações enviadas à Santa Casa da Misericórdia de Mascate] E não é que vieram sinais das partes da Índia, através da Misericórdia de Goa, de um tal Domingos Vaz morto no sultanato de Omã. Recebemos a de Vossa Mercê de 26 de fevereiro do ano atras passado de 645 e por ela nos dizem havermos enviado procurações correntes nas viagens passadas para a Santa Misericórdia de Mascate poder enviar a herança que lá ficou por falecimento do defunto Domingos Vaz sem nós recebermos por não virem; sem embargo do que nos fica em lembrança para escrevermos à dita Misericórdia de Mascate no-la queira enviar pelo que tanto que o fizer o faremos a Vossa Mercê na forma que nos encomendam, havendo outra coisa do serviço de nossa casa e de Vossa Mercê em particular ficamos prestes a quem Deus guarde. Escrita em essa da Casa da Santa Misericórdia desta cidade de Goa. O que visto e assinado por Manuel Pinto Brochado escrivão desta Santa Casa em 17 de janeiro de 646. E continua o poeta a contar nas suas trovas a saga do seu povo: «Esta é, por certo, a terra que buscais Da verdadeira Índia, que aparece; E se do mundo mais não desejais, Vosso trabalho longo aqui fenece.» Pela nau Nossa Senhora do Rosário que ora parte pera esse reino recebemos a carta de vossa Mercê de cinco de março do ano passado de 628 em resposta da que lhe escrevemos o ano antes em o primeiro e a publico dela nos dizem que com perdição das naus daquele ano a declaração dos 73 Xerafins[1] uma tanga que se deram nesta casa da fazenda do defunto António de Faria pertencentes a seu pai Jácome da Cunha morador nessa cidade por conta da fazenda de Sua Majestade, na cópia de doze mil Xerafins, a lista deles e o conhecimento em forma enviamos à dita Misericórdia de Lisboa o dito ano de 626 de que não temos aviso ainda de como se perderam nem se nos pede outros traslados e sem duvida temos por certo que lá estão pelo que avisem Vossa Mercê ao dito herdeiro que recorra à dita Misericórdia de Lisboa aonde se lhe dará ordem para cobrar o dito dinheiro. [1] Xerafins: O xerafim era uma antiga moeda portuguesa que circulava no Índico, equivalente a 5 tangas ou 300 réis. Era uma das moedas mais comuns do sistema monetário indo-português, junto com a tanga, o pardau e o pardau de ouro (santomé). Texto: Alexandra Vidal
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