- Habitação com anexos e logradouro, inscrita na matriz predial urbana sob o n.º 685 (ex 199), descrito na Conservatória do Registo Predial de Barcelos sob n.º 263/Palme.
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- Eirado, inscrito na matriz predial rústica sob o n.º 2334, descrito na Conservatória do Registo Predial de Barcelos sob n.º 234/Palme
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- Bouça / Pinhal, inscrito na matriz predial rústica sob o n.º 2264, descrito na Conservatória do Registo Predial de Barcelos sob n.º 227/Palme
SCM Barcelos, 10-03-2017
Sendo o Dia Internacional dos Arquivos comemorado anualmente a 9 de junho, o Arquivo Leonor aproveita esta data para mostrar um pouco dos documentos da sua História no mundo, acompanhando a leitura com alguns excertos dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões. Este dia foi instituído pelo Conselho Internacional de Arquivos (CIA) em 2007 para promover a importância dos arquivos e o seu papel fundamental na sociedade. Figura 1. 1578-05-30 - [Carta do Duque de Bragança, D. João I, à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre esmola ao povo de Barcelos, devido a ataques de piratas e corsários] Corria o ano de 1578, o Reino de Portugal estava prestes a viver uma das suas maiores tragédias, a batalha de Alcácer-Quibir que ocorrerá a 5 de agosto desse ano levando consigo o rei D. Sebastião e elevando ao trono o Cardeal D. Henrique. João I, Duque de Bragança, tendo notícia pelo Provedor António Mariz e mais irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, decide conceder esmola de 5 mil cruzados para o povo de Barcelos, em virtude dos ataques devastadores de corsários e piratas. Levaram tudo o que viram pela frente, deixando as gentes da vila à mingua e à mercê da caridade da Santa Casa… Eis a reposta do Duque: Provedor e irmãos da Misericórdia da vila de Barcelos, eu o Duque etc. nos envio muito saudar. Vi vossa carta e quem me dais conta das necessidades dessa terra. E por eu ser informado delas e desejar de lhe dar algum remedio mandei lá como tendes nisto todo o pão com que me achei aventurando-o ao tomarem os ladrões e corsários a que lá saía posto; e não a como valia na terra deixei de interessar mais de cinco mil cruzados, por fazer esmola a esse povo. E aqui vai agora provisão minha para António de Andrade meu almoxarife vos dar de 3 mil réis para ajuda de suprirdes as necessidades e obrigação dessa casa. António de Abreu a fez em Celorico 30 de maio de 1578. HO DUQUE É certo que há muito andavam os barcelenses pelo mundo a aqui entra Luís Vaz de Camões: «E, por mandado seu, buscando andamos A terra Oriental que o Indo rega; Por ele o mar remoto navegamos, Que só dos feios focas se navega. Mas já razão parece que saibamos (Se entre vós a verdade não se nega), Quem sois, que terra é esta que habitais, Ou se tendes da Índia alguns sinais?» Figura 2. 1646-01-17 - [Carta da Santa Casa da Misericórdia de Goa à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre procurações enviadas à Santa Casa da Misericórdia de Mascate] E não é que vieram sinais das partes da Índia, através da Misericórdia de Goa, de um tal Domingos Vaz morto no sultanato de Omã. Recebemos a de Vossa Mercê de 26 de fevereiro do ano atras passado de 645 e por ela nos dizem havermos enviado procurações correntes nas viagens passadas para a Santa Misericórdia de Mascate poder enviar a herança que lá ficou por falecimento do defunto Domingos Vaz sem nós recebermos por não virem; sem embargo do que nos fica em lembrança para escrevermos à dita Misericórdia de Mascate no-la queira enviar pelo que tanto que o fizer o faremos a Vossa Mercê na forma que nos encomendam, havendo outra coisa do serviço de nossa casa e de Vossa Mercê em particular ficamos prestes a quem Deus guarde. Escrita em essa da Casa da Santa Misericórdia desta cidade de Goa. O que visto e assinado por Manuel Pinto Brochado escrivão desta Santa Casa em 17 de janeiro de 646. E continua o poeta a contar nas suas trovas a saga do seu povo: «Esta é, por certo, a terra que buscais Da verdadeira Índia, que aparece; E se do mundo mais não desejais, Vosso trabalho longo aqui fenece.» Pela nau Nossa Senhora do Rosário que ora parte pera esse reino recebemos a carta de vossa Mercê de cinco de março do ano passado de 628 em resposta da que lhe escrevemos o ano antes em o primeiro e a publico dela nos dizem que com perdição das naus daquele ano a declaração dos 73 Xerafins[1] uma tanga que se deram nesta casa da fazenda do defunto António de Faria pertencentes a seu pai Jácome da Cunha morador nessa cidade por conta da fazenda de Sua Majestade, na cópia de doze mil Xerafins, a lista deles e o conhecimento em forma enviamos à dita Misericórdia de Lisboa o dito ano de 626 de que não temos aviso ainda de como se perderam nem se nos pede outros traslados e sem duvida temos por certo que lá estão pelo que avisem Vossa Mercê ao dito herdeiro que recorra à dita Misericórdia de Lisboa aonde se lhe dará ordem para cobrar o dito dinheiro. [1] Xerafins: O xerafim era uma antiga moeda portuguesa que circulava no Índico, equivalente a 5 tangas ou 300 réis. Era uma das moedas mais comuns do sistema monetário indo-português, junto com a tanga, o pardau e o pardau de ouro (santomé). Texto: Alexandra Vidal
Ver MaisO mês de maio foi de festa e celebração em três unidades residenciais para pessoas idosas (lares) da Santa Casa de Barcelos. O Lar Nossa Senhora da Misericórdia completou 35 anos, o Lar de Santo André fez 23 e o Lar do Centro Social Comendadora Maria Eva Nunes Corrêa (Silveiros) 22. Neste momento festivo, foram lembrados todos os que serviram, colaboraram e residiram nestas unidades da Misericórdia de Barcelos. A par disso, sublinhou-se a importância de todas as pessoas que estão ao serviço e prestam cuidados, em espírito de Missão. Desde sempre, “o apoio à população idosa é central na intervenção das Obras de Misericórdia”. Na SCMB, o compromisso passa por cuidar, de forma humanizada, respeitando a dignidade e atendendo à singularidade de cada um dos nossos utentes. Lar Nossa Senhora da Misericórdia - Tarde de festa e celebração, com animação musical de Johnny Abreu e DJ MC Ferr Marco Ferreira - [ALBUM:1198] Lar de Santo André - Atuação musical do Sr. Campinho e amigos, numa tarde de convívio e comemoração - [ALBUM:1196] Lar do CSCMENC - Momentos de celebração e convívio, entre utentes e colaboradores, com animação musical - [ALBUM:1197] Entretanto, no próximo mês de junho, dia 6, celebrar-se-á o 40.º Aniversário do Lar Rainha Dona Leonor e o 136.º Aniversário do Lar da Misericórdia.
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