A demência de Alzheimer é actualmente um dos maiores desafios para a sociedade.
Como perceber se pequenos esquecimentos são normais ou se indicam que algo mais grave poderá estar a desenvolver-se?
As respostas são tão complexas como a doença, mas existem sinais que devemos estar atentos:
- Confusão/desorientação que podem levar a que a pessoa se perca em locais que lhe são familiares;
- Perda de capacidade para realizar atividades que anteriormente eram simples (ex. cozinhar);
- Esquecimentos com impacto significativo, como esquecer-se da boca do fogão acesa.
A evolução da doença é também complexa. O doente pode começar por ficar desorientado, até deixar de reconhecer familiares próximos, podendo ocorrer mudanças de comportamento e de personalidade drásticas.
Lidar com estes utentes é desafiante e gera, frequentemente, grande desgaste emocional. Quando os cuidadores são informais (ex. família) é imprescindível que estes possam ter a oportunidade de descanso. Atualmente, é possível o internamento do doente, por tempo limitado, numa Unidade de Cuidados Continuados, para permitir o descanso do cuidador.
Por outro lado, os cuidados formais apresentam características que são extremamente benéficas, pois permitem que o doente seja integrado num ambiente com uma rotina bem definida, em espaços seguros e sem obstáculos, que seja acompanhado por uma equipa multidisciplinar e técnicos preparados, com possibilidade de integrar diferentes atividades de estimulação.
Acima de tudo, devemos todos adotar uma postura tranquila e empática. Devemos entender que quando um doente de Alzheimer deixa de ser capaz de reconhecer o filho, insistir para que o identifique apenas causa mais ansiedade.
Um pouco de paciência, atenção e compreensão podem fazer a diferença!
SCM Barcelos, 21-09-2018