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Igreja da Misericórdia reabre “com outra dignidade e esplendor"

Templo foi alvo de intervenção profunda

Reabriu, este sábado, a Igreja da Misericórdia de Barcelos. Construído no século XVI, o templo foi, nos últimos meses, alvo de uma intervenção profunda, que permitiu restaurar os elementos existentes – entre pavimento, telhado e paredes –, mas também descobrir novos elementos, num investimento a rondar os 150 mil euros.

O trabalho de reabilitação contou com acompanhamento técnico da Arquidiocese de Braga e da Universidade do Minho. A intervenção começou em março deste ano, pela fachada principal, e, a partir de julho, não mais se tornou possível compatibilizar a obra com o normal funcionamento da Igreja. A intervenção acabou por ir além da substituição de todo o telhado e dos trabalhos de restauro em toda a Capela-Mor. Mais concretamente, foram ainda intervencionados o arco-cruzeiro, altares de Santo António, de Nossa Senhora da Conceição e do Senhora da Cana Verde, sanefas, arco-cruzeiro, púlpitos, quadros e pavimento.

“Este Templo precisava de nós e tínhamos a obrigação de o tornar mais acolhedor, restituindo-lhe a sua beleza original. Apostar na conservação permite evitar, no futuro, investimentos maiores em restauro e reabilitação. E a história recente desta Igreja é exemplo paradigmático disso mesmo”, sublinhou, no final, o provedor da Misericórdia de Barcelos, Nuno Reis.

O provedor da instituição reforçou ainda: “Para uma Misericórdia como a nossa, o culto religioso católico não deixaria de ser feito mesmo que a condição desta igreja se continuasse a degradar a ponto de o não permitir. Mas esta Igreja há muito que deixou de ser apenas Património de uma instituição. Ela é de toda uma comunidade. Basta ver quem a frequenta e com que devoção, para se perceber que os fiéis são de toda a região”.

Além da recuperação de um património declarado de Interesse Público Municipal, esta intervenção permitiu melhorar as condições para uso litúrgico pela Comunidade. Na homília, o Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, D. Jorge Ortiga, destacou “a qualidade que foi colocada” na intervenção e que permite agora “louvar o Senhor com outra dignidade e com outro esplendor”. D. Jorge Ortiga apelou ainda a um compromisso social – “sempre mais e melhor pelo bem-estar da população” – e reforçou o “caminho que temos de percorrer: o caminho e a vivência concreta das Obras de Misericórdia”.

Num “dia alegre como este”, marcaram presença Irmãos, colaboradores e utentes da Misericórdia de Barcelos, bem como o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos.

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SCM Barcelos, 16-11-2019

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