As circunstâncias e implicações em torno da pandemia de COVID-19 forçaram uma adaptação das respostas da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos e levaram à suspensão de diversas atividades e iniciativas, entre elas, as do programa comemorativo do 520.º aniversário da instituição.
Ainda assim, a Semana Santa, que precedeu o Domingo de Páscoa, foi vivida de forma simples e simbólica em cada um dos nossos Lares e na Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Santo António.
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Também neste mês de abril, dia 7, assinalou-se o Dia Mundial da Saúde. Mas, na Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Santo António, todos os dias são dias da Saúde e de cuidar de quem mais precisa. Diariamente, os nossos profissionais assumem o compromisso e, com o mais sentido espírito de Missão, tudo fazem para que seja possível prestar os melhores cuidados aos 55 utentes da Unidade.
Fisicamente longe de familiares e amigos, as pessoas idosas e doentes da Misericórdia de Barcelos contaram com o apoio, carinho e boa disposição dos colaboradores da instituição que lhes prestam cuidados. Recorde aqui algumas imagens do último mês.
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SCM Barcelos, 04-05-2020
A longevidade está na família e Maria José Carrondo, utente de Serviço de Apoio Domiciliário da SCMB, é disso exemplo. Completou a 3 de maio 100 anos de vida, dádiva celebrada numa festa que reuniu os familiares mais próximos. O segredo para se manter, aos 100 anos, tão graciosa é esse mesmo: estar rodeada e acarinhada pela família. “O segredo é a família ser boa para mim. Posso dizer que, mesmo na minha terra, não ando de mal com ninguém. Falo com toda a gente e toda a gente me estima. E, para onde tenho ido, tenho sido estimada em tudo”, conta. Nascida em Salvador (perto de Monsanto), na Beira Baixa, era a mais nova de dez irmãos. “Era a menina deles todos”, confidencia e sorri. Casou “muito nova”, quando tinha 18 anos, rumando, depois, com o marido – “Foi um santo para mim” –, para Luanda (Angola), onde nasceram as duas filhas. Tem também três netos e cinco bisnetos. Viveu em Angola durante cerca de 30 anos e, “quando houve a confusão”, como tantos outros portugueses, regressou a Portugal, na sequência do processo de descolonização. Em Luanda, o marido era comissário da polícia, Maria José ficava por casa, “na costura, nas rendas, na lida da casa”. “Tinha criado, mas, é claro, a gente tem sempre que fazer”, explica. Em Portugal, regressou à terra natal, Salvador, e volta e meia visitava as filhas, mais a Norte, ou recebia a visita delas. Pelo meio, em particular logo após o regresso, ajudou a tomar conta dos netos, enquanto as filhas se (re)organizavam e estabilizavam a vida. Desde há sensivelmente um ano, é barcelense residente. Mora com a filha Rosa, casada com um barcelense. “No outro dia, tinha um livro ao pé dela, com as letras um bocadinho grandes. E ela leu. Diz ela: ‘este livro eu consigo ler’, conta a filha. Maria José garante: “Gosto muito de ler”. Aos 100 anos, mantém-se saudável. “Eu julgo que tenho muito menos idade”, graceja. O segredo já o sabemos: “A vida e a família têm sido boas para mim!”. Teimosa, dizem, cuidadora e graciosa, Maria José Carrondo completou, sexta-feira, 100 anos de vida. A Santa Casa da Misericórdia de Barcelos congratula-a pela longevidade e deseja-lhe dias muito felizes!
Ver MaisO projeto ‘Fora da Caixa’ foi, nos últimos dias, apresentado a pais, mães e encarregados de educação das crianças que frequentam o Centro Infantil de Barcelos e o Infantário Rainha Santa Isabel. A intenção é que o projeto piloto possa, depois, “crescer e chegar a todas as nossas crianças e a todas as famílias”. Com ambição, mas também pés assentes na terra, a intenção, explicou a psicóloga Joana Costa, é, “através do desenvolvimento de competências das educadoras, das auxiliares de ação educativa e dos pais, mas também através da intervenção direta com as crianças e da promoção do seu envolvimento ativo em atividades pró-sociais e pró-saúde – ou seja, que promovam a saúde, o bem-estar, o saber estar com os outros e o participar ativamente na sociedade –, conseguir contextos familiares e educativos mais positivos, mais inclusivos e mais potenciadores de um desenvolvimento saudável”. Deste modo, acredita a equipa do ‘Fora da Caixa’, “vamos conseguir que as nossas crianças sejam mais resilientes, mais estáveis emocionalmente, mais saudáveis, mais felizes. E vamos mais longe: que, a longo prazo, se tornem adultos mais resilientes, mais capazes de concretizar o seu potencial e de serem ativos e pró-ativos na comunidade em que se inserem”. Também a técnica de Educação, Cláudia Brito, fala de “um projeto cheio de paixão”, cuja centralidade se foca no bem-estar das crianças, cada uma delas com “características e necessidades específicas e que temos que ter em consideração”. O ‘Fora da Caixa’ foi distinguido com os Prémios BPI Fundação “la Caixa”. Materializa-se no Gabinete de Apoio à Infância (GAI), com três laboratórios “muito interligados” – Laboratório de Competências Parentais (LabPAR), Laboratório de Competências Profissionais (LabPRO) e Laboratório de Competências Emocionais (LabKIDS) – e o Serviço de Psicologia Educacional (SPE). O voluntariado é um “denominador comum”, ao longo de todo o projeto, sendo que também a área da formação tem uma “componente significativa”. No final, já depois de os presentes assumirem um compromisso, que colocaram na “Árvore dos Compromissos”, o provedor da SCMB, Nuno Reis, sublinhou que “só é possível haver esta abordagem humanista e personalizada, se houver um grande envolvimento, pelas nossas educadoras de infância, pelas nossas auxiliares de ação educativa, dos pais e encarregados de educação”. Depois deste primeiro momento, o ‘Fora da Caixa’ avança com formação para Educadoras, sob o mote "Educação (mesmo) inclusiva". [ALBUM:888]
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