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“A Genealogia é uma área muito interessante”

Workshop juntou, na Misericórdia de Barcelos, interessados pelo assunto

Nos últimos anos, começou por dizer Ricardo Bessa Teixeira, a Genealogia “tem muitos adeptos e está a despertar algum interesse na população em geral”. “Há efetivamente muito interesse, muitos trabalhos, muitas publicações. É óbvio que é um nicho de pessoas que se dedica e dedicava a isto”, analisou o vilacondense, que, embora formado em Física e Química, se tem dedicado à investigação genealógica. Não há, notou Ricardo Bessa Teixeira, “nenhum curso nem formação que habilite as pessoas a trabalhar na área da Genealogia”. A experiência, essa, adquire-se com “a prática de mexer nos documentos”, aceder aos antepassados e reconstruir as nossas raízes.

“A Genealogia dá-nos percursos de imensa gente”, completou Ricardo Bessa Teixeira, que, sábado passado, orientou, na Santa Casa da Misericórdia de Barcelos (SCMB), um workshop de Iniciação à Genealogia, sob o mote “Vamos construir a nossa família?”.

O momento de aprendizagem em conjunto tinha como objetivo “ensinar a organizar uma pesquisa de genealogia, nomeadamente a pesquisa de fontes, organização de registos, tratamento e recolha da informação”. A intenção era a de “dotar os participantes – fossem comunidade no geral, estudantes ou arquivistas – dos instrumentos necessários para eles próprios fazerem a pesquisa das suas raízes familiares, através dos documentos de arquivo”.

Marcos Teixeira, estudante do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, respondeu de modo positivo ao desafio de um professor e decidiu participar na sessão. “Não tenho expectativas. Venho um pouco à espera do que possa acontecer”. O estudante sublinhou, ainda assim, a importância das sinergias entre instituições.

Também a participar no workshop esteve Manuel Vasconcelos, investigador na área da Genealogia. “Por princípio, o que está a ser dito já o sei, mas existem sempre pontos que são tocados e que, muitas vezes, nos alertam para linhas, até de investigação, que nós, porque criamos determinados hábitos e rotinas, menosprezamos”, explicou, para logo depois completar: “Por muito que saibamos, temos de ter o espírito aberto”. “Este tipo de trabalho, este evento, é muito interessante, porque ouvimos outras pessoas, pequenos detalhes que, por vezes, nos escapam”, concluiu Manuel Vasconcelos, investigador na área da Genealogia.

O workshop decorreu, ao longo do dia de sábado, no Auditório da SCMB, sendo que, ainda em período de pandemia, foram acauteladas as medidas de segurança. O provedor da instituição, Nuno Reis, não escondeu o contentamento, por, depois de mais um confinamento, o espaço voltar a receber pessoas, vida, troca de experiências. “Quando, numa iniciativa como a de hoje, tentamos mergulhar no passado para reconstruir aquilo que são as nossas raízes, também podemos fazer o mesmo em termos daquilo que é a análise institucional. Quem não conhece, não respeita e não honra o passado tem dificuldade em estar da melhor forma no presente e em antecipar o futuro”, considerou o provedor da SCMB. “Uma iniciativa que nos permite conhecer e perceber as nossas raízes e como podemos mergulhar nelas é uma iniciativa muito valiosa”, concluiu Nuno Reis.

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SCM Barcelos, 20-04-2021

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